Quer tenha acontecido aqui ou em algum outro planeta - ou na lua - da nossa vizinhança cósmica ou num mundo distante noutro sistema solar da Via Láctea, a transição da não vida para a vida, do inerte para o animado, é um dos grandes enigmas da ciência. Independentemente de onde apareceu e de como chegou aqui, a vida, tal como a conhecemos, foi o resultado de um processo gradual e lento, ou foi gerada num estalar de dedos? E esta forma de vida é a única possível, ou existem outras fórmulasalternativas? Não sabemos, e talvez nunca cheguemos a descobri-lo. Do que os biólogos têm a certeza é que uma vez acesa a centelha da vida no nosso planeta, há cerca de 4 mil milhões de anos, nada a pode já extinguir. Os mundos de RNA deram lugar a seres unicelulares, primeiro super simples e mais tarde complexos, e depois a seres multicelulares, que se diversificaram sob o olhar atento da evolução. Há cerca de 550 milhões de anos, esta multiplicidade sofreu uma explosão que iria gerar todas as formas básicas do desenho animal que conhecemos hoje. Neste especial, dizemos-lhe o que a ciência sabe sobre o que aconteceu antes e depois deste evento, os momentos estelares da evolução, que culminam com o surgimento do Homo sapiens, uma espécie única capaz de criar, transformar e aniquilar a vida. E também de a procurar noutros mundos.