Blaise Pascal disse que o ser humano era um junco frágil, mas um junco que pensava; essa era a grande diferença que o separava das outras criaturas na Terra, uma capacidade que o tornava superior às outras, apesar de ser mais frágil do que elas. O cérebro, o nosso enorme cérebro, está na base desta diferença. Não há dúvida de que um dos maiores mistérios da evolução é o porquê do nosso enorme cérebro. «Somos muito diferentes de todos os outros animais, incluindo os nossos parentes primatas. Como e porque é que temos um cérebro tão grande em relação ao tamanho do nosso corpo?», perguntamos na nossa reportagem de capa. Que benefícios e resultados daí advêm? O caminho para um cérebro tão especializado como o nosso iniciou–se há cerca de 65 milhões de anos. Entre os mamíferos, foram os primatas que alcançaram o maior índice de encefalização. Como e porque é que isto aconteceu? O caminhar em pé está correlacionado com o aumento da encefalização? Descobri–lo–á lendo estas nossas páginas. E ficará também atualizado sobre a inteligência artificial dos robôs, esses «novos humanos perfeitos» que muitos investigadores rotulam como uma ameaça; sobre a influência da genética na origem e aparecimento da dor; sobre o surgimento de um novo termo (metaboloma) para a explicação científica do cancro, e ainda sobre o enigma dos Templários e dos Maçons ou sobre as portas terrestres para o inferno... Todos eles tópicos estimulantes que lhe proporcionarão uma leitura gratificante.